Será que no seu ambiente de trabalho as pessoas se sentem à vontade e confiantes para emitir opiniões e apresentar dúvidas? Cuidado! Se o clima da empresa não é favorável nesse sentido, pode-se perder um enorme potencial, inclusive de resultado financeiro.
O ambiente não pode punir manifestações de insegurança. Se pedir ajuda, propor uma nova ideia ou reconhecer que não sabe algo representam gatilhos de vulnerabilidade, as pessoas tendem a se fechar.
Assim, ótimas ideias podem ser perdidas por medo de parecer ridículo ou ser alvo de deboche. Sem falar no grave comprometimento do engajamento e até mesmo de uma cultura de inovação. Afinal, a liberdade criativa e a experimentação, naturalmente, envolvem o erro.
O ambiente pautado na confiança também é fundamental para empresas que se preocupam com a diversidade e desejam dar boas-vindas a todas as pessoas, independente de sua orientação sexual, raça ou crença.
Outro importante fator que depende da confiança é o chamado “people analytics”. Com o advento de novas tecnologias, líderes têm visibilidade das pessoas em seus trabalhos. O dado pode agora ser extraído de uma variedade de novas fontes – incluindo o trabalho do funcionário, aplicativos, e-mail, calendários, ferramentas de colaboração social; IOT (internet das coisas), gravações de vídeo ou voz; ou dispositivos fornecidos pelo empregador, como wearables, celular ou computadores.
Esses dados sobre pessoas e seu trabalho ajudam revelar o DNA da organização, permitindo que seus líderes entendam melhor como funciona aquela cultura. Tal como acontece com o genoma humano, as empresas devem aprender a decodificá-lo e, em seguida, usá-lo para o benefício das empresas, seus funcionários e a sociedade como um todo.
Mas quando não há uma cultura de confiança, esses dados ficam comprometidos. Principalmente em época de LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), onde o funcionário pode optar por não compartilhar alguns dos seus dados com a Empresa, temendo um uso indevido.
Para criar um ambiente de segurança psicológica, os líderes têm papel fundamental. A valorização das pessoas, feedbacks construtivos e constantes, diálogo aberto e escuta empática fazem parte dessa construção.
Uma pesquisa realizada pela #Accenture em janeiro de 2018, com foco em entender o impacto da confiança do colaborador no resultado da empresa mostrou que à medida que as empresas constroem confiança, criam valor – para a empresa e para os próprios funcionários. #Accenture identificou fatores que os funcionários dizem mais influenciar quanto ao seu nível de confiança, e como as organizações podem coletar e usar dados do local de trabalho. Essas dicas são:
- Dê o controle. Ganhe confiança. As empresas devem aprender a dar mais controle aos funcionários. Fazendo assim, eles ganharão a confiança de que precisam.
- Compartilhar responsabilidades. Compartilhe benefícios. Os líderes empresariais devem criar uma coalizão na qual os líderes compartilham a responsabilidade por novos dados e tecnologias no local de trabalho, enquanto buscam a opinião de seu pessoal e, por fim, compartilham os benefícios com eles.
- Eleve as pessoas. Use a tecnologia de forma criativa. As organizações devem usar a tecnologia de maneira criativa para elevar as pessoas e fortalecer os comportamentos necessários à sua cultura.