Benice

Sobre o dia internacional da mulher

Esse ano minhas comemorações foram diferentes. Com certeza mais contidas pela tristeza que estamos vivendo no mundo e, principalmente, no nosso país. O triste número de óbitos e a angústia de falta de vacinas e de leitos para salvar vidas tornam todas as celebrações menos animadas…

Este cenário, além de todas as suas consequências para a saúde e para a vida, agravou diretamente as estatísticas de violência doméstica, a falta de oportunidade de trabalho para as mulheres e o aumento do gap salarial entre nós e os homens.

Contudo, o que alegrou meu dia, foi a participação em dois eventos importantes para mim, nos quais pude dar e receber carinho.

O primeiro foi no próprio dia 08 de março. Comecei às 08 da manhã conversando com os colaboradores e colaboradoras do Gerando Falcões POA. Todos sabem o quanto amo e admiro essa galera! Em um papo descontraído com a Mayara Lyra e a Cibele, falamos sobre 3 tópicos:

· A origem do dia internacional da mulher, quando em um 8 de março de 1857, em Nova York, um protesto culminou em um incêndio e na morte de 140 pessoas entre mulheres e crianças em uma fábrica têxtil. 

· O hormônio ocitocina, também chamado hormônio do amor, é produzido principalmente em situações de afeto, contato físico e relacionamentos afetivos. Ele é produzido, por exemplo, durante a amamentação ou num abraço. Ou até mesmo num papo gostoso no qual as pessoas estão ali dedicando verdadeira atenção e interesse umas nas outras. Esse hormônio é tão poderoso que facilita o parto normal, auxilia na amamentação, promove apego entre pais e filhos, aumenta o prazer sexual, alivia o estresse, etc. Nessa perspectiva, discutimos o quanto é fácil para a mulher a produção desse hormônio e o quanto ela pode influenciar as relações no ambiente de trabalho, trazendo inclusive um outro olhar e uma cultura de maior confiança e inclusão

· Falamos também da sororidade, palavra da moda, mas com conceito muito relevante, porque simplesmente propõe que uma mulher apoie a outra. Que não exista rivalidade mas sim empatia nessas relações. A palavra vem do latim soror, que significa irmã, ou seja, sororidade é irmandade. Os homens fazem isso muito bem. Essa união impacta a vida de todas as mulheres, porque ela não se sente mais sozinha. Pequenas ações, como não deixar que alguém fale mal das mulheres, podem ajudar a evitar os assédios e até intervir em caso de violência.

Eu sou muito suspeita pra falar da família Falcões, mas garanto que foi, para mim, um despertar do dia maravilhoso. Durante nossa conversa, a Nat Nepomuceno postou a seguinte frase, que muito me impactou e até repostei no meu Instagram:

“Dia para celebrar o que já foi conquistado como inspiração para que nós, mulheres, continuemos lutando, para que nossas gerações futuras ocupem, sejam e vivam o que e como quiserem”.

Meu segundo evento, no mesmo dia, foi também um momento de orgulho e prazer. Fui convidada pela Diretora de RH da Bauducco, minha amiga Daniella Alledo, participei de uma conversa sobre o “feminino que há em todos nós (homens e mulheres)”. E um cara que sou mega fã, o Gilberto Lopes, era também convidado.

Em uma “live”, que contou com a participação de pessoas das fábricas e também do administrativo, falamos das questões acima, mas adicionando o desafio das mulheres na pandemia. Principalmente daquelas que são sozinhas e que não possuem um companheiro ou companheira para atuar junto nas tarefas domésticas, na criação e educação dos filhos e até na geração de renda para a família.

O Gibahh, com toda a sua luz, trouxe vários depoimentos de parceria com sua esposa e também sua visão como Empresário. Ele falou da importância de ter, além das mulheres, toda a diversidade em seu time. Demonstrou o quanto esses modelos mentais diferentes podem influenciar num produto e serviço, gerar mais inovação e resultado.

Essas experiências tornaram o meu dia mais alegre e mais otimista. Mas fui dormir pensando: que bom será que minha filha de 14 anos não precise, quando adulta, comemorar esse dia. Isso será um indicador de que não existe mais violência e diferença para as mulheres. Que seremos todos de verdade importantes e respeitados, como seres humanos que somos. 

Ainda assim, temo que a geração dela ainda não consiga chegar nesse estágio de evolução do nosso mundo. Então se torna mais importante ainda o meu papel e o seu papel como responsáveis pelas crianças de hoje, para educá-las e formá-las com outras ideias, sem machismo, sem preconceitos e com mais amor ao próximo.

O mundo é o que nós, Pais e Mães, ensinamos em casa. O mundo é feito e moldado por nossos valores e crenças, que passamos de geração para geração. E esse fato é muito bom. Porque tira a responsabilidade de mudança da mão do outro e me faz enxergar o quanto eu posso agir para transformar esse planeta para as gerações futuras.

Parabéns #GerandoFalcoes e #Bauducco por trazer para a agenda um espaço tão importante. Isso só reafirma os valores que vocês praticam.

Obrigada Dani e Cibele, pela oportunidade. Vocês são exemplo de pessoas e de RH para mim.

Obrigada Gibahh pela eterna parceria.

Feliz todos os dias para vocês!

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