Essa pandemia tem mudado muito nosso comportamento. Passamos a ficar mais com nossa família, almoçar e jantar juntos, cozinhar… eu, por exemplo, tenho usado roupas mais simples e confortáveis, passado menos maquiagem, pintado menos as unhas, ficado sem cortar o cabelo, abraçado e beijado também menos. Enquanto outros hábitos ficaram ainda mais frequentes, como lavar as mãos, prestar atenção na higiene das coisas, ligar mais para saber das pessoas. Enfim, muitos mais e muitos menos…
Coisas boas, coisas ruins. Não sei ao certo qual é o saldo de tudo isso, mas além de sofrer pela perda de milhões de pessoas no mundo e pela desigualdade social brasileira, que ficou ainda mais escancarada, tenho tentado enxergar o copo meio cheio. Ter esperança em um amanhã próximo, com a descoberta da vacina, e que possamos eliminar toda essa dor.
Dentro dessa perspectiva positiva, está também o aumento da solidariedade, a vontade de se reinventar, de construir modelos e negócios voltados para o bem-estar das pessoas, sem contar o exemplo inspirador de força e coragem dos nossos profissionais de Saúde.
Ressignificar foi preciso! E foi o que fizemos no #CONARH Edição Especial Digital 2020. Achamos que devíamos uma resposta aos congressistas que todos os anos nos prestigiam presencialmente para aprender, se relacionar, se divertir e se atualizar. Este ano teve tudo isso, mas totalmente remoto e digital!
Dispostos, aprovamos com o nosso presidente @Paulo Sardinha a estratégia do digital. Foram 40 dias de reuniões virtuais, com um time de 13 voluntários e os admiráveis profissionais da #ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos).
Conseguimos! Levamos ao evento muitos profissionais de peso, que compartilharam humildemente conosco seu ambiente familiar (cenário típico das palestras por videoconferência) e suas visões técnicas e pessoais sobre o enfrentamento dessa nova realidade.
@Dave Ulrich e @Pedro Bueno, por exemplo, discutiram como reinventar as organizações – um tema extremamente atual; @Carolyn Taylor e @Paula Harraca deixaram claro que cultura é o reflexo da sua conta bancária e agenda (ou seja, onde você põe seu dinheiro e seu tempo); @Sofia Esteves e @Dony de Nuccio discutiram os impactos da pandemia no cenário brasileiro; @Antônio Damasio destacou: que quanto mais compreendermos o comportamento humano do ponto de vista biológico, melhor iremos nos adaptar às mudanças exponenciais do mundo. Enfim, foram muitas lições e experiências riquíssimas. Saímos reabastecidos de informação, crença e esperança para seguirmos adiante.
E pra ficar ainda melhor, contamos com o apoio do #Plano de Menina e #Gerando Falcões, onde @Edu Lyra – referência pra mim em capacidade de transformar realidades -, trouxe o sentimento de insatisfação como propulsor da mudança, com a promessa de levar a favela para o museu.
Ao final, quando achávamos que tínhamos ressignificado o CONARH de 2020, com a pretensão de impactar a vida de milhares de congressistas que confiaram na gente, descobrimos que estávamos ressignificando a nós mesmos. Aprendendo, errando, sentindo medo, insegurança, ansiedade, mas firmes em fazer a entrega que acreditamos por anos, mas agora de um jeito diferente. Pra mim, a gente ajustou a nossa capacidade, explorou nossas vulnerabilidades e descobriu que somos capazes de muito mais.
Obrigada Paulo Sardinha, por confiar em nós e nos apoiar a todo instante. Obrigada funcionários da #ABRH por materializarem todas as nossas loucuras. Obrigada @Marcelo Pirani por uma parceria incondicional 24 horas por dia e 7 vezes na semana. Obrigada comitê de voluntários pelas cabeças brilhantes e mãos mágicas, e, enfim…obrigada a todos vocês congressistas por promoverem esse crescimento pessoal, profissional e, acima de tudo, coletivo!
Um beijo e, sim, a crise nos faz crescer.