Estamos vivendo a 4ª Revolução Industrial, que é marcada pela convergência de diversas tecnologias disruptivas. Essa nova era transformará profundamente nossa realidade, com desdobramentos políticos, sociais e econômicos.
No âmbito corporativo, a reconfiguração de algumas profissões já vem fazendo com que diferentes skills sejam valorizadas. De acordo com o relatório divulgado pelo Fórum Econômico Mundial em 2018, 54% dos funcionários precisarão aprimorar ou ganhar novas habilidades até 2022 — e a maioria delas não se restringe ao campo técnico.
Para ajudá-lo a se preparar para esse futuro que bate à porta, falarei um pouco mais sobre as soft skills que serão requisitadas pelo mercado nos próximos anos. Acompanhe!
O que são soft skills?
Antes de indicar quais são as soft skills mais requisitadas pelo mercado, é importante alinharmos o entendimento desse conceito.
De tradução literal “habilidades suaves” ou “habilidades leves”, as soft skills são, na verdade, competências socioemocionais relacionadas à nossa personalidade e à maneira como nos relacionamos com os outros.
Diferentes das hard skills, que dizem respeito às competências técnicas, as soft skills são mais difíceis de serem mensuradas e tangibilizadas.
Elas se desenvolvem de acordo com o repertório de cada pessoa, tendo como influência a criação, as experiências vividas, os conhecimentos adquiridos e os ideais seguidos.
Que soft skills serão mais requisitadas pelo mercado nos próximos anos?
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, a proficiência para lidar com novas tecnologias é apenas uma parte da equação para o sucesso profissional. No que diz respeito às soft skills, as tendências são:
- pensamento analítico e inovação;
- aprendizagem ativa e estratégias de aprendizagem;
- criatividade, originalidade e iniciativa;
- pensamento crítico e análise;
- resolução de problemas complexos;
- liderança e influência social;
- inteligência emocional;
- raciocínio e ideação.
Qual a importância dessas habilidades?
Para que os profissionais consigam uma boa colocação no mercado, é importante que suas habilidades estejam alinhadas às demandas das empresas. E, para além das capacidades técnicas, as soft skills vêm sendo muito valorizadas nos processos de recrutamento.
Afinal, desenvolver uma hard skill (como operar determinado sistema) pode ser muito mais fácil do que colocar em prática uma habilidade que envolve drásticas mudanças de comportamento.
Sendo assim, profissionais que apresentam competências socioemocionais são extremamente visados. Confira, a seguir, os benefícios atrelados ao desenvolvimento dessas habilidades.
Melhoria contínua
Ao conhecer suas limitações e aptidões, os colaboradores podem trabalhar de maneira mais acertada para desenvolver os pontos que precisam melhorar e explorar aqueles em que se destacam.
Aperfeiçoam a comunicação
Ninguém atua de maneira isolada: estamos rodeados por parceiros, clientes, colegas de trabalho e até mesmo concorrentes. Portanto, os funcionários precisam saber se comunicar de forma estratégica com os diferentes públicos, nas mais variadas ocasiões e por meio dos diversos canais de comunicação.
Vale lembrar que, além de expressar-se de modo correto e claro, a capacidade comunicativa também envolve a habilidade de ouvir com atenção, de maneira compreensiva e acolhedora, para consolidar uma interação efetiva.
Maior flexibilidade
Diante das constantes transformações da Indústria 4.0, a flexibilidade desponta como uma característica essencial aos profissionais que querem garantir espaço no mercado. As soft skills contribuem justamente para que possam se adaptar a esse cenário, tendo versatilidade para encarar mudanças de liderança ou de função, bem como para assumir novos projetos.
Equilíbrio emocional
Essa competência comportamental está relacionada ao controle das emoções (ansiedade, frustração, raiva etc.) e ao entendimento dos sentimentos do outro. Ela é especialmente importante diante de situações que podem desestabilizar o funcionário, comprometendo sua capacidade de avaliar e reagir com precisão — o que prejudica o desempenho.
Resolução de problemas
Transformar problemas em oportunidades também requer o desenvolvimento de soft skills.
No dia a dia de trabalho, frente a problemas inesperados, os colaboradores precisam recorrer à habilidade analítica, avaliando a situação como um todo. Além disso, devem ter criatividade para encontrar as melhores soluções e pensamento crítico para avaliar os prós e contras de cada uma delas.
De forma geral, profissionais resilientes tendem a enxergar os desafios de forma fluida e temporária, agindo para superá-los sem culpar os outros ou dar um tom catastrófico ao ocorrido.
Automotivação
Pessoas capazes de se automotivarem e adotar uma atitude positiva, mesmo diante de ambientes ou situações desfavoráveis, tendem a manter o foco e o engajamento no trabalho, melhorando o clima organizacional e a produtividade.
Como desenvolver tais skills?
Para se adaptar às novas demandas do mercado, os colaboradores deverão passar por um processo de “reskilling”. Entenda, agora, os pilares dessa transição!
Promova o entendimento sobre soft skills
Inicialmente, é importante que os funcionários conheçam as soft skills e entendam o porquê de desenvolvê-las. A clareza sobre o impacto dessas habilidades em sua formação fará com que percebam que não são apenas exigências da empresa, mas sim do mercado como um todo.
O assunto pode ser tratado internamente por meio de campanhas de comunicação, reforçando o quanto essas habilidades podem ser úteis no dia a dia e no crescimento profissional. Isso ajudará a fazer com que os trabalhadores se mantenham mais abertos e empenhados.
Fomente o autoconhecimento
Ao fomentar que os colaboradores façam um mergulho em si mesmos, eles podem entender melhor suas características pessoais e descobrir novas habilidades — o que está relacionado à melhoria contínua.
Esse autodiagnóstico também é importante para que as pessoas desenvolvam a tão falada inteligência emocional, contribuindo para a performance organizacional.
Realize ações de requalificação
Após cumprir as etapas anteriores, a empresa, com o suporte do RH, deve investir em um programa de educação corporativa. Por meio de reciclagens e qualificações, que podem se estender por mais de um ano, é possível desenvolver nos profissionais as principais soft skills requisitadas pelo mercado.
Entre os cursos mais requisitados estão os de liderança, comunicação interpessoal, trabalho em equipe e inteligência emocional.
Portanto, pelo que vimos, não restam dúvidas de que equipes motivadas e ágeis, equipadas com habilidades à prova de futuro, serão capazes de aproveitar novas oportunidades e agregarem valor mútuo.
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