Benice

Minha homenagem aos corajosos

Fui informada pelos meus amigos que na última semana teve o DIA DA CORAGEM e não pude me furtar da oportunidade de reconhecer todos os Brasileiros.

Segundo o dicionário do Google, CORAGEM é “moral forte perante o perigo, os riscos; bravura, intrepidez. O que não quer dizer que é imprudente, irresponsável, mas sim enfrenta os riscos, problemas e desafios a despeito do medo” (emoção básica – primitiva).

Essa “virtude” é uma característica marcante de várias pessoas que conheço:

·       Jane (minha mãe) – que me deu vários exemplos ao longo da vida e que, aos 24 anos de idade teve a coragem de se separar e ser julgada pela sociedade e sua família;

·       Aluísio (meu Pai) – que ainda, solteiro teve a coragem de assumir seu amor por uma mulher “DESQUITADA” em 1972 (época liderada por Getúlio Vargas), e adotou com todo seu amor, duas filhas (eu e minha irmã);

·       Vô Zezé (meu Vô) – que aos 80 e poucos anos, pegava um ônibus todos os dias de Realengo à Praça Tiradentes para trabalhar (quem mora no Rio sabe do que estou falando…);

·       Melissa Cassimiro – que teve a coragem de assumir sua identidade de gênero em uma empresa Internacional, na Accenture;

·       Dona Ladi (minha sogra) – que saiu lá de Montes Claros, ainda jovem, com 4 dos seus 6 filhos e o marido para tentar a sorte de oferecer melhores condições de vida a sua família;

·       Paty Fechio (minha amiga RYCA) – que enfrenta hoje um câncer com uma disposição, bom humor e resiliência que acho que EU nunca teria;

·       Edu Lyra, LÊmaestro, Leo Precioso, Dulci, Cesinha, Jorge e outros jovens exemplos que não aceitaram a condição que a vida lhes deu e cavaram oportunidade e dignidade para si e milhares de pessoas;

·       Major Karla (Corporação de Bombeiros de Brumadinho) – que segurou um helicóptero em manobras de alta precisão e técnica, se arriscando para salvar vidas;

·       Paulo Gustavo (ator) – que promoveu a luta contra o preconceito de uma forma leve, criativa, divertida e apaixonante;

·       Os profissionais de serviços essenciais, garis, motoboys, profissionais da saúde, do varejo e todos aqueles que continuaram no “front” para que pudéssemos passar pela pandemia com a mínima condição de vida;

·       Aos Pais, Mães e Filhos que saem para trabalhar pela manhã, sem saber se terão comida durante o dia, buscando a subsistência das suas famílias.

Enfim, muitas pessoas desconhecidas e conhecidas, que encontrei até hoje, com histórias marcantes de resistência e de enfrentamento interno, lutando contra seu sistema límbico, que insiste em nos proteger. 

Avançaram um passo, mesmo que pequeno, para mudar a própria trajetória e dos outros, transformando esse mundo em um lugar melhor para viver.

Sim, é preciso ter coragem para:

·       Enfrentar tudo o que cada um de nós enfrentamos e mais o COVID.

·       Implementar o ágil, que trata essa palavrinha como um valor fundamental.

·       Ser humilde e aceitar que não é perfeito.

·       Errar.

·       Aprender.

·       Ser feliz.

·       MUDAR.

Mas quem disse que não dói? Quem disse que é fácil?

Nunca é!

E por isso mesmo é que temos que celebrar e aplaudir. Inclusive a nós mesmos, porque só a gente é que sabe:

 “… o quanto eu caminhei

Pra chegar até aqui

Percorri milhas e milhas antes de dormir

Eu nem cochilei

Os mais belos montes escalei

Nas noites escuras de frio chorei ei ei ei”…

(Cidade Negra)

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