A frase “só as pessoas felizes trazem alta performance para a organização” tem “martelado” minha cabeça… Fico pensando no meu time quando eu faço um elogio, quando eu dou atenção, quando digo que podem decidir que eu confio, quando compartilho decisões e informações sérias demonstrando crença no sigilo delas, quando dou espaço e autonomia para liderarem seus respectivos times, quando vibro com uma ideia de fazermos algo sensacional para a empresa, daquele tipo: uau!!! Isso vai ser incrível! Nossos Colaboradores vão amar…
Enfim, não é o salário, a posição, um ambiente rico e bonito… é o quanto eles se sentem gerando valor para algo maior e, acima de tudo reconhecidos e ouvidos.
Da mesma forma, quando não entendem que espaço ocupam no Time, quando se acham desvalorizados ou preteridos, quando não são incluídos em decisões ou problemas complexos, mas principalmente quando percebem que a Liderança não tem “tempo” de dedicar uma hora do seu tempo para discutir seu papel, desempenho, carreira, futuro ou até passado (feedback), eles alocam no seu lugar a estimativa do valor que possuem nessa agenda executiva e atribulada: nenhum. Mas se são as pessoas que trabalham para os Líderes, a equação não fecha. E então essas pessoas não performam. Dormem e acordam pensando nesse desinteresse, se sentem menos valorizados, reclamam o tempo todo no “cafezinho”, e começam a olhar o mercado. Ah sim, esse tempo era justamente aquele tempo da alta performance.
A alguns anos atrás eu descobri na pele que toda vez que eu achava que alguém do meu time não era bom e não eu fazia nada para mudar, ajudar ou até desligar, essa pessoa se arrastava pelos corredores da empresa. Triste, sem energia, reclamando, contaminando o Time. É isso que fazemos quando não tomamos decisões difíceis, porém necessárias.
Sim, a alta performance exige felicidade. No sentido máximo da palavra. As pessoas trabalham para os Líderes (CPF) e não para a Organização (CNPJ).
Tem uma porção de especialistas falando sobre isso: Simon Sinek (“Grandes empresas não contratam pessoas qualificadas e as motivam, contratam pessoas motivadas e as inspiram”), Dave Ulrich (“O que importa na liderança é a qualidade da liderança que oferecemos”), Marcus Buckingham (“as pessoas deixam os Líderes e não as Empresas”) e Carolyn Taylor (“me mostre sua agenda e seu extrato bancário e eu lhe direi o que você valoriza”). Não adianta tentarmos nos enganar, lendo livros, repetindo frases de efeito e dizendo que a “baixa performance” é culpa do nosso Liderado. O que adianta é o que fazemos com todo esse conhecimento que estamos adquirindo. Como estamos fazendo uso dele? O que estamos realmente mudando nas nossas organizações? Os valores eu estou demonstrando nos meus comportamentos são os mesmos valores que eu verbalizo e exijo na organização?
Nós Líderes precisamos nos conhecer mais, nos auto-avaliar, e repensar como estamos fazendo o nosso papel. Só nós, podemos criar uma organização de alta performance. E as pessoas? Elas terão motivo suficiente para ficar, se encantar e nos ajudar nessa jornada.
#liderança
#felicidadeealtaperformance