Uma das maiores especialistas em psicologia e evolução da Universidade de Stanford, Carol S. Dweck afirma: “Mais que a é esta: a aptidão de sermos seres de cooperação e de relação.”
Muitos estudiosos vêm tentando estudar e mostrar isso. E, de verdade, esse fato me faz ficar feliz e acreditar mais no mundo e nas pessoas.
Conexão social existe, mas ela é influenciada e influencia a percepção que a gente tem das coisas. O Homo sapiens é gregário, mas não com todo mundo. Então o que nos faz buscar relacionamentos? O que nos faz conquistar a confiança das pessoas?
Assisti recentemente a um TED do Dr. Paul Zak, interessantíssimo, no qual ele coloca que somos as únicas criaturas com valores morais. Ele diz que a base dessas decisões morais ou a química da moralidade, não vem necessariamente de fora para dentro, mas sim da molécula moral: a ocitocina, que é a base para nossa tomada de decisões morais.
Zak constatou em experimentos realizados por ele, que a ocitocina aumenta a generosidade, as doações e a confiabilidade. E isso se conecta diretamente à fala da Dra. Dweck.
Em um mundo que depende de transformações culturais, transformações digitais, no qual necessitamos de times ágeis, valores scrum e trabalho colaborativo (@fernandoarbache), não podemos deixar de lado a ciência como aliada no fomento desse ambiente. E isso tudo me deixa muito feliz porque o único jeito de aumentar a ocitocina nas pessoas, além do hormônio em um inalador, é através de massagem, dança, tocar instrumento, oração e principalmente através do afeto.
Segundo o Dr. Amor (Paul Zack), 8 abraços por dia são suficientes para nos encher de ocitocina. Mas, com a pandemia, fomos obrigados a não mais abraçar… o que não nos impede de dar atenção, chamar as pessoas pelo nome, se interessar genuinamente pelo bem delas, ajudá-las em problemas ou tarefas e, principalmente, através de comportamentos altruístas, “Para que afinal floresça o mais que humano em nós.” (Caetano Veloso)
